Há quinze anos o Atlético de Cajazeiras conquistava o Campeonato Paraibano.

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Foto: Gazeta

No domingo, dia 28 de julho de 2002, a exato 15 anos, o Atlético Cajazeirense de Desportos, conquistava a Paraíba com o título – único do clube – de Campeão Paraibano de Futebol.

Desde a sua fundação a equipe em julho de 1948, o time azul e branco, apenas chegou perto das conquistas com alguns turno conquistados, mas com larga força de vontade do elenco 2002, o Trovão Azul do Sertão, finalmente conquistava o seu maior título da história, e o entusiasmos e alegria da torcida na época era imensa já que conquistava também o direito de representa a Paraíba na Série C e na Copa do Brasil. Grande parte desta conquista foi creditada ao patrocinador Grupo Rio do Peixe, com total apoio do do presidente e proprietário da rede, José Gonzaga, o Deca.

O ex-presidente do clube, Padre Francivaldo do Nascimento Albuquerque, e a ex-presidenta da Federação Paraibana de Futebol, Rosilene Gomes, travaram discussões dentro e fora da imprensa que acabaram desaguando na estruturação do time. Dentre várias questões consequentes, aconteceu a falta de regulamentação de jogadores no início do Campeonato e o time tendo que atuar, nos seus primeiros jogos, sempre com uma formação diferente.

Devido às celeumas, o Atlético acabou perdendo, “alguns mandos de campo”, jogando as quatro primeiras partidas do hexagonal fora de casa. Por obra do destino futebolístico, o Trovão, nessa mesma fase, conquistou sete pontos com duas vitórias, contando com a do Serrano, de 2 x 0, mais um empate com o Campinense, de 1 x 1.

Depois da fase conturbada, o Atlético acabou pegando todos os jogos da fase principal em casa. Vieram saborosos placares para a equipe: Atlético 4×1 Treze; Atlético 3×2 Serrano; e o mais festejado: Atlético 2×0 Sousa. Este último placar, segundo a maioria dos torcedores, o que consagrou a verdadeira vitória ao time, lembrada por causa da antiga rixa entre Cajazeiras e Soua. Foi outra partida campeã de público no Perpetão, realizada no dia 21 de julho de 2002.

Mas, foi o dia 28, no entanto, que ficou registrado na História do Futebol Paraibano e na alma de muitos cajazeirenses que viveram o esporte desde a fundação do time. Segundo a imprensa esportiva local, nos últimos 20 anos, não se ouviu falar num Atlético “tão unido”. Um dos responsáveis por essa arte foi o treinador, Tassiano Gadelha, que atuou dez anos no Auto Esporte, de João Pessoa, tentou ganhar pelo Atlético nas últimas quatro partidas no ano anterior (2001) mas, somente este ano, consagrou-se como campeão.

Devido ao afastamento do Padre da presidência do time, Tassiano foi também presidente da Junta que governou o Atlético na época da conquista. Outra responsabilidade do treinador, junto com o obstinado preparador físico Eduardo Silvestre, o preparador de goleiros Bartolomeu Pinheiro (o nosso Bartol), além do massagista Afonso Santos, dos mordomos e de dezenas de outras pessoas envolvidas com o time, foi tentar resgatar a auto-estima dos jogadores. A Comissão Técnica conseguiu. O time ficou habituado com o seu próprio contra-ataque, isto é, com os seus gols “de virada” ou nos momentos finais das partidas.

Acompanhando o perfil do Trovão, o artilheiro Nino Baiano fechou o Campeonato daquele ano com 13 gols marcados. Outros bem desenvolvidos dentro do campo, cada um com seu talento individual somado à paciência do treinador: o meia Wellington, o zagueiro Zé Antonio, o lateral Alves, além de Silva e Cacá e outros e outros que, segundo o treinador, “cresceram tecnicamente, como Edmilson, Berg, Canízio, Joan, Jiqueta, Pedrinho, Miller, Alonso, Pepeu, Almir, Oséas, Eduardo…

Para o jogo contra o Campinense, a equipe estaria montada com Andreon, Alves, Adriano, Zé Antonio e Rinaldo, Naldo, Nildo, Arnaldo e Cacá, Nino Baiano e Magno.

Com a partida marcada para as 16h do dia 28 de julho, e não acontecendo devido à ausência do adversário, o Trovão acrescentou os três pontos aos 16 que já haviam sido conquistados. Muitos acreditavam que o Trovão revidaria a vitória que o Campinense pregou, no último dia 19 de maio, em Campina Grande, vencendo de de 4×1.

Além de cinco derrotas e quatro empates, o Trovão contabilizou suas 10 vitórias dentro do Campeonato. Uma das mais folgadas foi sobre o Esporte de Patos, que tomou oito gols, na tarde do dia 28 de abril de 2002 no Perpetão. Até o arquiinimigo do Atlético, o Sousa, acabou “ajudando”, porque havia ganho do Treze, dias atrás, diminuindo os pontos totais deste, claro, e perdido para o Trovão na última disputa dos dois.

Mesmo que tivesse enfrentado o Campinense, na sua última atuação no Campeonato, o Atlético teria sido campeão, já que, as outras partidas que ocorreram, na mesma ocasião foram generosas: Sousa 2×2 Serrano e Treze 1×2 Botafogo, este último ficando, portanto, como vice-campeão paraibano.

Treco da matéria retirada da publicação da revista Oba e atualizada por Martir Silva.

Martir  Esportes